Latino diz que Twelves morreu por "macumba" de uma mulher: "era para me atingir, mas atingiu ele"

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2018 14h17
Johnny Drum/Jovem Pan Músico falou sobre os novos projetos e relembrou seu macaco de estimação

O cantor Latino esteve no programa Pânico na Rádio nesta terça-feira (24) para lançar seu novo trabalho, um DVD comemorativo de 25 anos de carreira. Além de adiantar alguns detalhes do projeto, o músico comentou a recente morte de seu macaco de estimação, o popular Twelves. De acordo com o convidado, o animal foi atropelado dentro do condomínio em que sua família mora no Rio de Janeiro por um ônibus escolar. Mas ele não acredita que houve imprudência do motorista. O que realmente acabou com a vida do bichinho, segundo suas próprias palavras, foi uma “macumba” feita por uma mulher que ele preferiu não identificar.

“Quer saber a real? Não estou processando ninguém. Alguém aqui acredita em macumba? Mandinga? Sabe qual é a probabilidade de um macaco morrer atropelado? 0%. Ele ou é eletrocutado ou envenenado ou leva um tiro. Ele nunca atravessa a rua. São muito espertos. Foi inveja. Era para bater em mim, aquela energia pesada, mas bateu nele. Já descobri quem fez a mandinga. Foi uma mulher. Rapaz, você não conhece o mundo espiritual! Tem pessoas do bem e pessoas do mal. Tenho plena certeza disso. Foi olho grande. Os bichinhos são muito vulneráveis, espiritualmente falando. Quando alguém joga praga, atinge quem esta mais vulnerável”, declarou.

Latino, em seguida, narrou tudo que aconteceu naquele dia 20 de março. De acordo com seu relato, ele e Twelves se sentaram juntos à mesa para tomar café da manhã, como de costume. O cantor fez sua refeição e o macaco comeu os ovos mexidos que comia todos os dias. Depois, ambos foram até o quintal da casa para brincar.

“Ele gostava de ficar brincando com as pedrinhas. Deixei ele um pouco solto, nossa casa é gigante. Sempre quis dar o máximo de espaço possível para ele. Ele estava feliz, calminho. Quando ele fica assim, não foge. Aí olhei e falei ‘o papai vai pegar uma água e já volta’. Quando voltei, ele olhou para mim como se estivesse se despedindo e subiu no muro. Eu fui atrás com a empregada de casa. Ele gostava muito dela”, começou.

“Creio em todas as crenças desde que elas levem a Deus. Tenho um lado espiritual muito aflorado. Naquele dia eu estava me sentindo muito carregado. Senti que estava acontecendo alguma coisa. Ele estava carinhoso, dócil, fazendo carinho. Estava muito leve e eu estava muito preocupado. Quando ele saiu, pensei ‘não vou me desesperar’. Algo tentava me confortar. Quando eu o vi atropelado, desmaiei. A Jéssica (sua mulher) e a empregada me seguraram. É surreal acontecer isso com um macaco tão inteligente. Tem pessoas que ficam inconformadas com o amor, com o carinho que temos pelos bichos”, completou.

Além de evidências que ele diz ter sobre a “macumba” feita pela mulher em questão, Latino pontuou outros indícios peculiares do caso. Em primeiro lugar, nas poucas vezes em que fugiu de casa, o macaco sempre foi para o lado esquerdo da via, rumo a uma grande floresta existente nas proximidades. Naquele dia, escolheu ir para o lado direito, onde havia apenas a rua. Além disso, ao ser atropelado, ele não sofreu nenhuma fratura, morrendo em decorrência apenas da queda.

“Fiquei muito triste, eu tinha uma paixão por ele, era como filho. Todo mundo sabe. Sempre retratei isso. Causa inveja. É difícil avaliar o ser humano. As pessoas são capazes de desejar o mal, sim. Temos que estar protegidos espiritualmente. Acredito plenamente. Zica! Total! Acredito. As pessoas se incomodam com seu sucesso e sua felicidade. Meus amigos nos Estados Unidos, quando um aparece com carro novo, todo mundo aplaude, elogia. Gostamos de parabenizar. Aqui no Brasil, não podemos generalizar, mas normalmente as pessoas ficam com olho de inveja (…). “Fiquei duas semanas em depressão. Não tinha estrutura emocional. Só quem convive sabe. O macaco é muito humano. Nenhum outro vai substituir o Twelves”.

Por fim, o músico mostrou a tatuagem que fez com o rosto do animal em seu braço e reforçou mais uma vez que seu corpo foi cremado, sendo que as cinzas serão transformadas em um anel de diamante para que o tenha “ao seu lado, como proteção, o resto da vida”.

Música com G15: “meu público está muito AAA”

Durante sua participação na bancada, o artista lançou sua nova música de trabalho, Novinha Experiente. Diferente de tudo que já fez na carreira, ele gravou o single com um dos jovens funkeiros mais populares do momento, MC G15, dono do hit Deu Onda.

“Eu estou muito enraizado na galera. Um dos motivos pelos quais gravei essa música foi porque meu público está muito AAA. Preciso estar cada vez mais eclético. Quem me contrata são agências para formaturas, eventos corporativos, casamentos, bar mitzvah. Imagina! Como consigo dar conta de estar nas comunidades e atender a esse público ao mesmo tempo? Então fiz uma música contando a história da comunidade. O G15 faz, no videoclipe, o Latino moleque”, explicou.

Sobre as pensões

Ao comentar as polêmicas envolvendo o pagamento (ou não) de pensões a suas ex-mulheres, Latino fez um desabafo. “Isso é terrível. Minha conta bancária é assim: virou o mês, menos R$ 150 mil. É pensão que não acaba mais. E ainda sustento minha mãe, minha madrinha. Eu vim de uma situação humilde, tenho muita gente embaixo do meu guarda-chuva. Tenho na minha cabeça que Deus me deu essa oportunidade na música para ajudar essas pessoas. Isso vem desde quando comecei, desde 1992. É meu propósito artístico. Segurar a onda da minha família. É o que me move. O que me faz estar sempre inovando”, contou. “O problema é a falta de bom senso da família. Às vezes você está estourado e segura a onda, dá até mais que o normal. Mas quando a situação aperta, eles não estão preocupados. Querem os mesmos valores. Por isso vivo em briga constante com pensão. Cada mãe acha que só tenho ela para ajudar. Mas são 9 filhos! Ajudo todos até hoje, dos mais novos aos mais velhos”. 

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